Projeções Cartográficas

Os sistemas de projeções cartográficas foram desenvolvidos para dar uma solução ao problema da transferência de uma imagem da superfície curva da esfera terrestre para um plano da carta, o que sempre vai acarretar deformações.
Os sistemas de projeções constituem-se de uma fórmula matemática que transforma as coordenadas geográficas, a partir de uma superfície esférica (elipsoidal), em coordenadas planas, mantendo correspondência entre elas. O uso deste artifício geométrico das projeções consegue reduzir as deformações, mas nunca eliminá-las.

Os tipos de propriedades geométricas que caracterizam as projeções cartográficas, em suas relações entre a esfera (Terra) e um plano, que é o mapa, são:

a) Conformes – os ângulos são mantidos idênticos (na esfera e no plano) e as áreas são deformadas.

b) Equivalentes – quando as áreas apresentam-se idênticas e os ângulos deformados.

c) Afiláticas – quando as áreas e os ângulos apresentam-se deformados.

Projeção de Mercator

Nesta projeção os meridianos e os paralelos são linhas retas que se cortam em ângulos retos. Corresponde a um tipo cilíndrico pouco modificado. Nela as regiões polares aparecem muito exageradas.

Projeção de Mercator
Projeções de Mercator ou Cilíndrica Equatorial

Projeção de Peters

Outra projeção muito utilizada para planisférios é a de Arno Peters, que data de 1973. Sua base também é cilíndrica equivalente, e determina uma distribuição dos paralelos com intervalos decrescentes desde o Equador até os pólos, como podemos observar no mapa a seguir.

Projeção de Peters
Projeção Cilíndrica Equivalente de Peters

As retas perpendiculares aos paralelos e as linhas meridianas têm intervalos menores, resultando na representação das massas continentais, um significativo achatamento no sentido Leste-Oeste e a deformação no sentido Norte-Sul, na faixa compreendida entre os paralelos 60o Norte e Sul, e acima destes até os pólos, a impressão de alongamento da Terra

Projeção ortográfica

Ela nos apresenta um hemisfério como se o víssemos a grande distância. Os paralelos mantêm seu paralelismo e os meridianos passam pelos pólos, como ocorre na esfera. As terras próximas ao Equador aparecem com forma e áreas corretas, mas os pólos apresentam maior deformação.

Projeção ortográfica
Projeção ortográfica

Projeção cônica

Nesta projeção os meridianos convergem para os pólos e os paralelos são arcos concêntricos situados a igual distância uns dos outros. São utilizados para mapas de países de latitudes médias.

Projeção cônica
Projeção cônica

Projeção de Mollweide

Nesta projeção os paralelos são linhas retas e os meridianos, linhas curvas. Sua área é proporcional à da esfera terrestre, tendo a forma elíptica. As zonas centrais apresentam grande exatidão, tanto em área como em configuração, mas as extremidades apresentam grandes distorções.

Projeção de Mollweide
Projeção de Mollweide

Projeção de Goode, que modifica a de Moolweide

É uma projeção descontínua, pois tenta eliminar várias áreas oceânicas. Goode coloca os meridianos centrais da projeção correspondendo aos meridianos quase centrais dos continentes para lograr maior exatidão.

Projeção de Goode, que modifica a de Moolweide
Projeção de Goode, que modifica a de Moolweide

Projeção de Holzel

Projeção equivalente, seu contorno elipsoidal faz referência à forma aproximada da Terra que tem um ligeiro achatamento nos pólos.

Projeção de Holzel
Projeção de Holzel

Projeção Azimutal
Equidistante Oblíqua Centrada na Cidade de São Paulo

Nesta projeção, centrada em São Paulo, os ângulos azimutais são mantidos a partir da parte central da projeção.

Projeção Azimutal Equidistante Oblíqua Centrada na Cidade de São Paulo
Projeção Azimutal Equidistante Oblíqua Centrada na Cidade de São Paulo

Projeção Azimutal Equidistante Polar

Projeção Azimutal Equidistante Polar
Projeção Azimutal Equidistante Polar

Projeção equidistante que tem os pólos em sua porção central. As maiores deformações estão em suas áreas periféricas.